CULTURA | PRAGAS Nome comum (Nome científico) | DOSE Produto Comercial (g/ha) | VOLUME DE CALDA | NÚMERO, ÉPOCA E INTERVALO DE APLICAÇÃO |
Bicudo (Anthonomus grandis) | 1000 a 1500 | Realizar a aplicação quando o nível de infestação obtido através de monitoramento atingir de 3 a 5% de botões florais atacados. Fazer bateria com 3 aplicações sequenciais com intervalo de 5 dias. Usar a maior dose em situação de maior pressão da praga ou quando o clima for favorável ao ataque. Recomenda-se fazer rotação com produtos que possuam diferentes mecanismos de ação sobre os insetos, evitando-se assim o aparecimento de populações resistentes a estes inseticidas. | ||
Algodão | Helicoverpa (Helicoverpa armigera) | Aplicação terrestre: 100 a 300 L/ha - Aplicação aérea 20 a 50 L/ha | Iniciar as aplicações quando for encontrado 1 a 2 lagartas menores que 1 cm por batida de pano ou por metro linear. Iniciar o monitoramento de mariposas e lagartas logo após a emergência da cultura. A maior dose deve ser recomendada para condições de maior pressão da referida praga ou quando houver necessidade de maior período de controle. Fazer de 2 a 3 aplicações por ciclo, com intervalo de 10 dias, rotacionando com produtos com outros modo de ação. | |
800 a 1200 | ||||
Iniciar a aplicação no início da infestação quando forem encontradas de 5 a 10 lagartas pequenas de 1º a 2º instar com até 1,0 cm por batida de pano. Reaplicar a cada 10 dias rotacionando com produtos de outros modos de ação, toda vez que o nível de dano for atingido. Usar a dose maior em situação de alta infestação e quando as lagartas já estiverem em estágio mais avançado de desenvolvimento. Realizar de 2 a 3 aplicações por ciclo da cultura. | ||||
Lagarta-militar (Spodoptera frugiperda) | ||||
BATATA | Vaquinha-verde-amarela (Diabrotica speciosa) | 400 a 600 | Aplicação terrestre: 500 L/ha | Iniciar as pulverizações no início do desenvolvimento da cultura, quando do aparecimento da praga repetindo com intervalo mínimo de 7 dias. Utilizar as maiores doses em condições de altas infestações. |
Pulgão-verde (Macrosiphum euphorbiae) |
Realizar no máximo 3 aplicações por ciclo ou safra da cultura. | ||||
MILHO | Cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis) | 800 a 1000 | Aplicação terrestre: 100 a 300 L/ha Aplicação aérea: 20 a 50 L/ha | Iniciar as pulverizações no início do desenvolvimento da cultura, quando do aparecimento da praga repetindo com intervalo mínimo de 5 dias. Alternar as aplicações com produtos com outro modo de ação. Realizar no máximo 3 aplicações por ciclo ou safra da cultura. |
Percevejo-barriga-verde (Dichelops melacanthus) | Iniciar a aplicação no início da infestação, na fase inicial da cultura quando o ataque é mais severo e a cultura é mais sensível a praga. A maior dose deve ser utilizada em condições de alta população ou em áreas áreas com histórico da ocorrência desta. Repetir se necessário em um intervalo de 7 dias. Utilizar adjuvante de calda na dose recomendada pelo fabricante. Realizar até 3 aplicações por ciclo da cultura. | |||
Lagarta-falsa-medideira (Chrysodeixis includens) | 800 a 1200 | Realizar monitoramento das áreas semanalmente no período mais fresco do dia, de manhã ou à tarde, avaliando-se 1 metro linear de plantas de um lado da fileira da cultura, com o método de pano-de- batida. Iniciar as aplicações toda vez que as pragas alcançarem o nível de dano econômico respeitando um intervalo mínimo de 10 dias. Utilizar a maior dose em altas infestações. Realizar no máximo 3 aplicações por ciclo ou safra da cultura. | ||
Percevejo-marrom (Euschistus heros) | 800 a 1200 | |||
Aplicação terrestre: 100 a 300 L/ha | Iniciar a aplicação no início da infestação quando forem encontradas de 5 a 10 lagartas pequenas de 1º a 2º instar com até 1,0 cm por batida de pano. Reaplicar a cada 10 dias rotacionando com produtos de outros modos de ação, toda vez que o nível de dano for atingido. Usar a dose maior em situação de alta infestação e quando as lagartas já estiverem em estágio mais avançado de desenvolvimento. Realizar até 2 aplicações por ciclo da cultura. | |||
SOJA | Lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda) | 1250 a 1500 | Aplicação aérea: 20 a 50 L/ha | |
Cascudinho-da-soja (Myochrous armatus) | 1000 a 1200 | Iniciar a aplicação quando forem constatadas as primeiras infestações da praga ou forem observados danos na área. Reaplicar se necessário de acordo com a reinfestação, não excedendo o número máximo de aplicações. Utilizar a maior dose em altas infestações. Realizar no máximo 3 aplicações por ciclo ou safra da cultura. |
TOMATE (Industrial) | Pulgão-verde (Myzus persicae) | 600 | Aplicação terrestre: 100 a 1000 L/ha Aplicação aérea: 20 a 50 L/ha | Realizar a aplicação no início da infestação da praga, na fase inicial da cultura. Repetir a aplicação se necessário em um intervalo de 7 dias. Realizar até 2 aplicações por ciclo, rotacionando com produtos com diferentes modos de ação. |
Tripes (Frankliniella schultzei) |
Cultura | Praga | Nome Cientifico | Modo de Aplicação |
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Algodão | Anthonomus grandis | Bicudo | Ver detalhes |
Batata | Diabrotica speciosa | Larva-alfinete, Vaquinha-verde-amarela | Ver detalhes |
Milho | Dalbulus maidis | Cigarrinha-do-milho | Ver detalhes |
Soja | Myochrous armatus | cascudinho-da-soja | Ver detalhes |
Tomate | Frankliniella schultzei | Tripes | Ver detalhes |
O produto é indicado para aplicações terrestres, de acordo com as recomendações abaixo:
Deve-se utilizar pulverizador de barra, com deslocamento montado, de arrasto ou autopropelido. Utilizar bicos ou pontas que produzam jato leque simples, defletor ou com pré-orifício, visando à produção de gotas médias para boa cobertura do alvo. Seguir a pressão de trabalho adequada para a produção do tamanho de gota ideal e o volume de aplicação desejado, conforme recomendações do fabricante da ponta ou do bico. A faixa recomendada de pressão da calda nos bicos é de 2 a 4,7 bar. Usar velocidade de aplicação que possibilite boa uniformidade de deposição das gotas com rendimento operacional. Para diferentes velocidades com o pulverizador, utilize pontas de diferentes vazões para não haver variação brusca na pressão de trabalho, o que afeta diretamente o tamanho das gotas. A altura da barra e o espaçamento entre bicos deve permitir uma boa sobreposição dos jatos e cobertura uniforme na planta (caule, folhas e frutos), conforme recomendação do fabricante. Utilize tecnologia(s) e técnica(s) de aplicação que garantam a qualidade da pulverização com baixa deriva. Consulte sempre um Engenheiro Agrônomo.
Preparo da calda:
Antes de iniciar o preparo, garantir que o tanque, mangueiras, filtros e pontas do pulverizador estejam devidamente limpos. Recomenda-se utilizar pontas ou bicos que possibilitem trabalhar com filtros de malha de 50 mesh, no máximo, evitando-se filtros mais restritivos no pulverizador.
Não havendo necessidade de ajustes em pH e dureza da água utilizada, deve-se encher o tanque do pulverizador até um terço de seu nível. Posteriormente, deve-se iniciar a agitação e adicionar gradativamente as embalagens hidrossolúveis no tanque ou pré-misturador. Adicione a embalagem fechada e jamais corte ou abra a embalagem hidrossolúvel. Mantenha a agitação totalmente ligada no tanque ou no pré-misturador por no mínimo 5 minutos após a adição da última embalagem. Feito isso, deve-se completar o volume do tanque do pulverizador com água, quando faltar 3-5 minutos para o início da pulverização. A prática da pré-diluição é recomendada, respeitando-se uma proporção mínima de 3 litros de água por quilograma de produto a ser adicionado no pré- misturador. A agitação no tanque do pulverizador deverá ser constante da preparação da calda até o término da aplicação, sem interrupção. Lembre-se de verificar o bom funcionamento do agitador de calda dentro do tanque do pulverizador, seja ele por hélices, bico hidráulico ou por retorno da bomba centrífuga. Nunca deixe calda parada dentro do tanque, mesmo que por minutos. Ao final da atividade, deve-se proceder com a limpeza do pulverizador. Utilize produtos de sua preferência para a correta limpeza do tanque, filtros, bicos, ramais e finais de seção de barra.
Condições meteorológicas:
Realizar as pulverizações quando as condições meteorológicas forem desfavoráveis à ocorrência de deriva, conforme abaixo:
Limpeza do pulverizador:
Pulverizadores de barra:
Preencha todo o tanque com água limpa, ligue a agitação, adicione o produto limpante, agite por 20 minutos, e pulverize o conteúdo do tanque pelos bicos em local apropriado de coleta de água contaminada;
Remova e limpe todas as pontas da barra e suas peneiras separadamente;
Preencha todo o tanque com água limpa, ligue a agitação e pulverize o conteúdo do tanque pelos bocais abertos (sem os bicos) em local apropriado de coleta de água contaminada;
Limpe os filtros de sucção e de linha, recoloque os filtros de sucção, de linha e de bicos e recoloque todas as pontas. Neste momento, é importante escorvar o filtro de sucção com água para não entrar ar na bomba ao ser ligada novamente;
Preencha todo o tanque com água limpa, ligue a agitação e pulverize o conteúdo do tanque pelos bicos em local apropriado de coleta de água contaminada.
Recomenda-se um volume de aplicação entre 20 e 50 L/ha. A aplicação deve ser realizada somente por empresa especializada, sob orientação de um Engenheiro Agrônomo. As mesmas recomendações gerais para “Via Terrestre”, como tamanho de gotas, boa cobertura e uniformidade de deposição se aplicam nesta modalidade. Deve-se respeitar condições meteorológicas no momento da aplicação para que as perdas por deriva sejam minimizadas.
A aplicação deve ser realizada somente por equipamentos que estejam em concordância com as normas e exigências dos órgãos públicos reguladores do setor, como ANAC, DECEA e MAPA.
Recomenda-se um volume de aplicação de 30 a 40 L/ha. Quanto maior for o índice de área foliar do alvo, mais próximo dos 40 L/ha deve estar a aplicação. Não aplique volumes de aplicação abaixo da faixa indicada.
Use ARPs (Drones) que trabalhem com bicos rotativos em vez de hidráulicos (pontas) e que tenham seus bicos posicionados abaixo ou dentro da faixa de ar gerado pelos rotores, de modo que a corrente de ar consiga empurrar todos os jatos dos bicos para baixo em direção ao alvo.
Utilize pontas que produzam gotas finas a médias, para boa cobertura do alvo.
Recomendações de velocidade de aplicação, Altura de voo em relação ao alvo e largura de faixa estão indicadas na tabela X. Considerar a altura de voo em relação ao topo da vegetação e não em relação ao solo. Para isso é importante monitorar a altura média das plantas antes da aplicação.
Utilize tecnologia(s) e técnica(s) de aplicação que garantam a qualidade da pulverização com baixa deriva. Consulte sempre um Engenheiro Agrônomo e as orientações do fabricante do ARP (Drone).
Tabela X – Parâmetros recomendados regulagem de ARP (Drones):
Volume de aplicação | Tamanho das gotas | Altura de voo em relação ao início do alvo | Velocidade de aplicação | Largura da faixa de trabalho |
30 a 40 L/ha | Finas a médias | 4 a 5* m | 10 a 15* km/h | 3 a 4* m |
*Para drones de maior capacidade de carga, com mais de 16 L de tanque de calda, a depender do modelo e das orientações do fabricante, pode-se trabalhar mais próximo do limite máximo de Altura de voo em relação ao alvo, Velocidade de aplicação e Largura da faixa de trabalho. |
Uma vez misturado o produto em água, a aplicação com o Drone deve ser feita o mais rápido possível. Portanto, não dilua o produto em água se não for realizar a aplicação dentro de 30 min, no máximo. Quanto maior esse intervalo, maiores as chances de incompatibilidade física entre eventuais outros produtos.
Mantenha uma faixa de segurança de 50 m de distância dos possíveis alvos de deriva e organismos sensíveis ao produto.
Cultura | Intervalo de segurança (Dias) |
Algodão | 40 |
Batata | 30 |
Milho | 40 |
Soja | 30 |
Tomate (Industrial) | 35 |
Não entre na área em que o produto foi aplicado antes da secagem completa da calda (no mínimo 24 horas após a aplicação). Caso necessite entrar antes desse período utilize os equipamentos de proteção individual (EPI’s) recomendados para o uso durante a aplicação.