Na cultura do milho, é indicado nos cultivos de variedades e híbridos comerciais, no sistema de plantio convencional e no sistema de plantio direto.
Na cultura da cana-de-açúcar, é indicado em aplicações nas modalidades de cana-planta e cana- soca, nos sistemas de colheita de cana com queima do canavial e de colheita mecanizada sem queima do canavial (conhecido também como colheita de cana-crua).
Contendo o ingrediente ativo mesotriona na sua formulação, caracteriza-se pelo seu amplo espectrode controle das plantas infestantes anuais de folhas largas e do capim-colchão ou milhã, que ocorrem na cultura do milho, controlando também a corda-de-viola e o capim-colchão que ocorremna cultura da cana-de-açúcar.
A mesotriona foi descoberta durante estudo para identificação dos compostos alelopáticos produzidos pela planta escova-de-garrafa (Callistemon citrinus). Do composto natural (leptospermone) foram produzidos análogos, dos quais resultou a molécula da mesotriona, com atividade 100 vezes maior. A mesotriona (fórmula molecular C14H13NO7S) pertence ao grupo químico das tricetonas e atua sobre as plantas infestantes, inibindo a biossíntese de carotenoides, através da interferência na atividade da enzima HPPD (4-hidroxifenil-piruvato-dioxigenase) nos cloroplastos – classificação nos grupos F2 (HRAC) e 28 (WSSA). Os sintomas envolvem branqueamento das plantas infestantes sensíveis com posterior necrose e morte dos tecidos vegetais, em cerca de 1 a 2 semanas. O milho e a cana-de- açúcar são tolerantes à mesotriona, devido à sua capacidade de metabolizar rapidamente o herbicida, produzindo metabólitos sem atividade herbicida, o que não ocorre nas plantas infestantes sensíveis. A mesotriona é absorvida tanto pelas raízes quanto pelas folhas e ramos, sendo uma molécula bastante móvel na planta - translocação apossimplástica.
CALLISTO é recomendado para aplicação, no controle pós-emergente das plantas infestantes de folhas largas e de algumas folhas estreitas.
Cultura do milho
CULTURA | PLANTA DANINHA | ESTÁDIO | DOSE (L/ha) | ÉPOCA E INTERVALO DE APLICAÇÃO | NÚMERO DE APLICAÇÃO | VOLUME DE CALDA (L/ha) |
MILHO | Caruru-roxo (Amaranthus hybridus) | 2 - 4 folhas | 0,3 - 0,4 | 2 a 3 semanas após a germinação do milho, na pós- emergência das plantas infestantes | Realizar uma (1) aplicação por ciclo | Terrestre: 100 a 300 |
Apaga-fogo (Alternanthera tenella) | ||||||
Trapoeraba (Commelina benghalensis) | ||||||
Amendoim-bravo ouleiteira (Euphorbia heterophylla) | ||||||
Corda-de-viola (Ipomoea grandifolia) | ||||||
Carrapicho-de-carneiro (Acanthospermum hispidum) | ||||||
Beldroega (Portulaca oleracea) | ||||||
Guanxuma (Sida rhombifolia) | ||||||
Carrapicho-rasteiro (Acanthospermum australe) | ||||||
Nabo (Raphanus raphanistrum) | ||||||
Fazendeiro (Galinsoga parviflora) | 2 - 6 folhas | |||||
Picão-preto | 4 - 6 |
(Bidens pilosa) | folhas | |||||
Capim-colchão (Digitaria horizontalis) | 2 folhas - 1 perfilho | |||||
Capim-amargoso (Digitaria insularis) |
Observações:
A dose mais elevada deverá ser usada quando as plantas infestantes estiverem no estádio mais avançado de desenvolvimento.
Callisto deve ser aplicado sempre adicionado de óleo mineral, na concentração de 0,5% volume/volume.
CULTURAS | PLANTAS DANINHAS | ESTÁDIO | DOSES (L/ha) | ÉPOCA E INTERVALO DE APLICAÇÃO | NÚMERO DE APLICAÇÃ O | VOLUME DE CALDA (L/ha) |
Corda-de-viola (Ipomoea grandifolia) | Em pós- emergência da cultura, após o rebrote da soqueira (caso de cana-soca) ou após a brotação dos toletes (caso de cana- planta), estando a cana com até 8 folhas | |||||
CANA-DE- AÇÚCAR | 2 - 4 folhas | 0,25 - 0,3 | Realizar uma (1) aplicação por ciclo | Terrestre: 100 a 300 Aérea: 30 a 50 | ||
Caruru (Amaranthus retroflexu) | ||||||
Capim-colchão (Digitaria horizontalis) | 2 folhas - 1 perfilho |
Observações:
A dose mais elevada deverá ser usada quando as plantas infestantes estiverem no estádio mais avançado de desenvolvimento.
Callisto deve ser aplicado sempre adicionado de óleo mineral, na concentração de 0,5% volume/volume.
Com base neste levantamento, o usuário poderá definir a melhor dose do produto a ser aplicada, assim como o momento da aplicação, de modo a assegurar o pleno controle do mais amplo espectrode plantas infestantes presentes na lavoura.
Desde que aplicado nas condições adequadas e com a observância dos parâmetros recomendados,normalmente, uma aplicação do herbicida é suficiente para atender às necessidades da cultura.
O CALLISTO é aplicado normalmente 2 a 3 semanas após a germinação do milho, na pós- emergência das plantas infestantes, para garantir o pleno controle, antes que as plantas infestantesvenham a estabelecer a competição maléfica ao desenvolvimento cultural com prejuízos na produtividade final. No caso da cana-de-açúcar, CALLISTO é aplicado em pós-emergência da cultura, após o rebrote da soqueira (caso de cana-soca) ou após a brotação dos toletes (caso de cana-planta), estando a cana com até 8 folhas.
Cultura | Praga | Nome Cientifico | Modo de Aplicação |
---|---|---|---|
Cana-de-açúcar | Amaranthus retroflexus | bredo (5), caruru (4), caruru-áspero | Ver detalhes |
Milho | Ipomoea grandifolia | campainha (5), corda-de-viola (5), corriola (4) | Ver detalhes |
CALLISTO deve ser aplicado na forma de pulverização, através de tratamento em área total, com autilização de
pulverizadores terrestres convencionais (costal ou tratorizado) nas culturas de milho ecana-de-açúcar ou aéreos (exclusivamente na cultura da cana-de-açúcar), com a utilização de aviões agrícolas ou helicópteros, neste caso, devendo ser observados os parâmetros normais paraeste tipo de aplicação.
O equipamento de aplicação deverá gerar cobertura uniforme na parte tratada.
Se utilizar outro tipo de equipamento, procurar obter uma cobertura uniforme na parte aérea da cultura.
Recomenda-se aplicar com temperatura inferior a 30°C, com umidade relativa acima de 50% e ventos de 3 a 10 km/hora.
O aplicador é responsável por evitar eventuais derivas da pulverização fora do local alvo, devendo estar ciente de locais não visados próximos e das condições ambientais;
NÃO aplique em condições climáticas ou com equipamentos de pulverização, que podem fazer com que a pulverização caia sobre plantas / colheitas suscetíveis próximas, áreas de cultivo ou pastagens;
NÃO aplique com gotas finas.
NÃO permita que a pulverização caia em pousios adjacentes;
NÃO aplique em ou perto de arbustos, árvores, gramados ou culturas diferentes das recomendadas em bula;
NÃO drene ou lave o equipamento sobre ou próximo a árvores não alvos ou outras plantas, onde suas raízes possam se estender, ou em situações em que por condições do solo ou por infiltração, a absorção do herbicida possa ocorrer.
Utilizar volume de calda de 30 a 50 litros de calda por ha. Usar bicos apropriados para esse tipo de aplicação, como por exemplo, hidráulicos ou atomizadores que gerem gotas médias.
É recomendado que os demais parâmetros operacionais, isto é, velocidade de voo, largura de faixa e altura de voo, também sejam escolhidos visando à geração de gotas médias.
O diâmetro de gotas deve ser ajustado para cada volume de aplicação em litros por ha, para proporcionar a cobertura adequada e a densidade de gotas desejada.
Observar ventos em velocidade média de 3 a 10 km/hora, temperatura inferior a 30°C, umidade relativa superior a 50%, visando reduzir ao mínimo as perdas por deriva ou evaporação. Não aplicar em alturas menores do que 2 metros ou maiores do que 5 metros.
O equipamento de aplicação deverá apresentar uma cobertura uniforme na parte tratada. Se utilizar outro tipo de equipamento, procurar obter uma cobertura uniforme na parte aérea da cultura.
A critério do Engenheiro Agrônomo Responsável, as condições de aplicação podem ser flexibilizadas.
Utilizar somente empresas e pilotos de aplicação aérea que sigam estritamente às normas e regulamentos da aviação agrícola, devidamente registrados junto ao MAPA, e que empreguem os conceitos das boas práticas na aplicação aérea dos produtos fitossanitários. Recomendamos a utilização de empresas certificadas para aplicação aérea.
Limpar também tudo o que estiver associado ao equipamento de aplicação, inclusive o material utilizado no enchimento do tanque. Adote todas as medidas de segurança necessárias durante a limpeza. Não limpe o equipamento próximo às nascentes, fontes de água ou plantas úteis. Descarteos resíduos de limpeza, de acordo com
a legislação local.
Condições atmosféricas: As aplicações devem ser feitas com umidade relativa acima de 60% e temperaturas em torno de 25 – 30o C. As aplicações matinais, até às 10:00 horas, e à tarde, após às 15:00/16:00 horas, são as mais propícias para aplicação do produto, devido à melhor condição para absorção pelas plantas.
O produto, na quantidade pré-determinada, poderá ser despejado diretamente no tanque do pulverizador, com pelo menos 1/4 de volume cheio e o sistema de agitação ligado. Em seguida, completar o tanque.
CULTURA | DIAS |
Milho | 60 |
Cana-de-açúcar | 30 |
Não entre na área em que o produto foi aplicado antes da secagem completa da calda (no mínimo 24 horas após a aplicação). Caso necessite entrar antes desse período, utilize os equipamentos de proteção individual (EPIs) recomendados para o uso durante a aplicação.