Na cultura do milho convencional e milho geneticamente modificado, é indicado nos cultivos de variedades e híbridos comerciais, no sistema de plantio convencional e no sistema de plantio direto.
Na cultura da cana-de-açúcar, é indicado em aplicações nas modalidades de cana-planta e cana-soca, nos sistemas de colheita de cana com queima do canavial e de colheita mecanizada sem queima do canavial (conhecido também como colheita de cana-crua).
Contendo o ingrediente ativo mesotriona na sua formulação, caracteriza-se pelo seu amplo espectro de controle das plantas infestantes anuais de folhas largas e do capim-colchão ou milhã, que ocorrem na cultura do milho, controlando também a corda-de-viola e o capim- colchão que ocorrem na cultura da cana-de-açúcar.
Cultura | Plantas Infestantes | Dose (L/ha) | Volume de calda (L/ha) | Estádio | Época de aplicação |
Cana-de- açúcar | Dicotiledôneas | ||||
Corda-de-viola (Ipomoea grandifolia) | 0,25 - 0,3 | Aplicação Terrestre: 100 - 300 Aplicação aérea: 30 - 50 | 2 - 4 folhas | Em pós-emergência da cultura, após o rebrote da soqueira (caso de cana-soca) ou após a brotação dos toletes (caso de cana-planta), estando a cana com até 8 folhas Máximo de aplicações: 1 | |
Caruru (Amaranthus retroflexus) | 2 - 4 folhas | ||||
Monocotiledôneas | |||||
Capim-colchão (Digitaria horizontalis) | 0,25 - 0,3 | Aplicação Terrestre: 100 - 300 Aplicação aérea: 30 - 50 | 2 folhas - 1 perfilho | Em pós-emergência da cultura, após o rebrote da soqueira (caso de cana-soca) ou após a brotação dos toletes (caso de cana-planta), estando a cana com até 8 folhas Máximo de aplicações: 1 |
Cultura | Plantas Infestantes | Dose (L/ha) | Volume de calda (L/ha) | Estádio | Época de aplicação |
Milho | Dicotiledôneas | ||||
Caruru-roxo (Amaranthus hybridus) | 0,3 - 0,4 L/ha | Aplicação Terrestre: 100 - 300 L/ha | 2 - 4 folhas | 2 a 3 semanas após a germinação do milho, na pós- emergência das plantas infestantes Máximo de aplicações: 1 | |
Apaga-fogo (Alternanthera tenella) | 2 - 4 folhas | ||||
Picão-preto (Bidens pilosa) | 4 - 6 folhas | ||||
Amendoim-bravo ou leiteira (Euphorbia heterophylla) | 2 – 4 folhas | ||||
Corda-de-viola (Ipomoea grandifolia) | 2 - 4 folhas | ||||
Carrapicho-de- carneiro (Acanthospermu m hispidum) | 2 – 4 folhas | ||||
Beldroega (Portulaca oleracea) | 2 - 4 folhas | ||||
Guanxuma (Sida rhombifolia) | 2 - 4 folhas | ||||
Carrapicho- rasteiro (Acanthospermu m australe) | 2 - 4 folhas | ||||
Nabo (Raphanus raphanistrum) | 2 - 4 folhas | ||||
Fazendeiro (Galinsoga parviflora) | 2 – 6 folhas | ||||
Monocotiledôneas | |||||
Capim-colchão (Digitaria horizontalis) | 0,3 - 0,4 L/ha | Aplicação Terrestre: 100 - 300 L/ha | 2 folhas - 1 perfilho | 2 a 3 semanas após a germinação do milho, na pós- emergência das plantas infestantes Máximo de aplicações: 1 | |
Capim-amargoso (Digitaria insularis) | 2 folhas - 1 perfilho | ||||
Trapoeraba (Commelina benghalensis) | 2 - 4 folhas |
Cultura | Plantas Infestantes | Dose | Volume de calda | Estádio | Época de aplicação |
Milho OGM | Picão-preto (Bidens pilosa) | 0,30 – 0,40 L/ha | Aplicação Terrestre: 200 L/ha | 2 – 4 folhas | Pulverizar em uma única aplicação durante a safra da cultura. É aplicado em área total em pósemergência das plantas daninhas e da cultura, estando o milho com 02 a 04 folhas (V2 – V4). Utilizar as doses mais elevadas para plantas daninhas mais desenvolvidas Máximo de aplicações: 1 |
Trapoeraba (Commelina benghalensis) | 0,30 – 0,40 L/ha | 2 – 4 folhas | |||
Capim-colchão (Digitaria horizontalis) | 0,30 – 0,40 L/ha | 2 – 4 folhas e 1 perfilho | |||
Capim-amargoso (Digitaria insularis) | 0,30 – 0,40 L/ha | 1 perfilho | |||
Capim-pé-de- galinha (Eleusine indica) | 0,40 L/ha | 2 – 4 folhas | |||
Corda-de-viola (Ipomoea grandifolia) | 0,30 – 0,40 L/ha | 2 – 6 folhas |
Observações:
A dose mais elevada deverá ser usada quando as plantas infestantes estiverem no estádio mais avançado de desenvolvimento.
A mesotriona foi descoberta durante estudo para identificação dos compostos alelopáticos produzidos pela planta escova-de-garrafa (Callistemon citrinus). Do composto natural (leptospermone) foram produzidos análogos, dos quais resultou a molécula da mesotriona, com atividade 100 vezes maior. A mesotriona (fórmula molecular C14H13NO7S) pertence ao grupo químico das tricetonas e atua sobre as plantas infestantes, inibindo a biossíntese de carotenóides, através da interferência na atividade da enzima HPPD (4-hidroxifenil-piruvato- dioxigenase) nos cloroplastos – classificação nos grupos F2 (HRAC) e 28 (WSSA). Os sintomas envolvem branqueamento das plantas infestantes sensíveis com posterior necrose e morte dos tecidos vegetais, em cerca de 1 a 2 semanas. O milho e a cana-de-açúcar são tolerantes à mesotriona, devido à sua capacidade de metabolizar rapidamente o herbicida, produzindo metabólitos sem atividade herbicida, o que não ocorre nas plantas infestantes sensíveis. A mesotriona é absorvida tanto pelas raízes quanto pelas folhas e ramos, sendo uma molécula bastante móvel na planta -translocação apossimplástica.
Desde que aplicado nas condições adequadas e com a observância dos parâmetros recomendados, normalmente, uma aplicação do herbicida é suficiente para atender às necessidades da cultura.
O ESMERO é aplicado normalmente 2 a 3 semanas após a germinação do milho, na pós- emergência das plantas infestantes, para garantir o pleno controle, antes que as plantas infestantes venham a estabelecer a competição maléfica ao desenvolvimento cultural com prejuízos na produtividade final. No caso da cana-de-açúcar, ESMERO é aplicado em pós- emergência da cultura, após o rebrote da soqueira (caso de cana-soca) ou após a brotação dos toletes (caso de cana-planta), estando a cana com até 8 folhas.
Cultura | Praga | Nome Cientifico | Modo de Aplicação |
---|---|---|---|
Cana-de-açúcar | Ipomoea grandifolia | campainha (5), corda-de-viola (5), corriola (4) | Ver detalhes |
Milho | Amaranthus hybridus | bredo (3), caruru-branco, caruru-roxo | Ver detalhes |
ESMERO deve ser aplicado na forma de pulverização, através de tratamento em área total, com a utilização de pulverizadores terrestres convencionais (costal ou tratorizado) nas culturas de milho e cana-de-açúcar ou aéreos (exclusivamente na cultura da cana-de-açúcar), com a utilização de aviões agrícolas ou helicópteros, neste caso, devendo ser observados os parâmetros normais para este tipo de aplicação.
ESMERO deve ser aplicado com auxílio de pulverizadores costais, manual ou pressurizado e pulverizadores tratorizados com barras, adaptados com bicos leque do tipo Teejet 80.02, 80.03, 80.04, 110.02, 110.03 ou 110.04 ou similares, operando a uma pressão de 30 a 50 libras por polegada quadrada.
O volume de calda recomendado na pulverização normalmente varia de 100 a 300 litros por hectare.
Nas regiões sujeitas a ventos, as aplicações poderão ser feitas com uso de bicos antideriva do tipo Full Jet, como FL 5; FL6,5; FL8 e bombas operando-se a pressão de 20-25 libras por polegada quadrada e volumes de 200 a 300 litros/ha.
ESMERO apresenta atividade herbicida sobre uma gama diversa de plantas. Por essa razão, tomar cuidados especiais com ventos para não ocorrer deriva do produto. Usar bicos antideriva e não pulverizar com vento forte.
Nas áreas extensivas de cana-de-açúcar, ESMERO poderá ser aplicado também através de pulverização aérea, com o uso de aeronaves, observando-se os parâmetros indicados para cada tipo de aeronave.
Parâmetros para a aeronave:
Bicos: 80.10, 80.15, 80.20
Volume de calda: 30 a 50 L/ha Altura do vôo: 3 a 4 m Temperatura ambiente: até 27º C
Umidade Relativa do Ar: mínimo de 60% Velocidade do vento: máxima de 10 km/hora Faixa de aplicação: 15 m
Diâmetro das gotas: maiores que 400 micrômetros
Bicos: cônico cheio da série “D”, com difusor 56, bico de jato plano da série 65 ou 80 ou CP Nozzles, utilizando uma pressão entre 15 a 30 psi.
Para a limpeza (descontaminação) adequada, proceda da seguinte maneira:
Esvaziar completamente o equipamento de pulverização utilizado.
Enxaguar todo o pulverizador e circular água limpa através das barras, mangueiras, filtros e bicos.
Remover fisicamente os depósitos visíveis de produto.
Completar o pulverizador com água limpa.
Adicionar solução de AMÔNIA caseira - AMONÍACO OU SIMILAR COM 3% DE AMÔNIA - na proporção de 1% (1 litro para 100 litros de água), agitar e circular todo o líquido através das mangueiras, barras, bicos e filtros.
Desligar a barra e encher o tanque com água limpa e circular pelo sistema de pulverização por 15 minutos e, em seguida, através das mangueiras, barras, filtros e bicos. Esvaziar o tanque.
Remover e limpar os bicos, filtros e difusores em um balde com a solução de AMÔNIA caseira (citada no item 5).
Repetir os passos 5 e 6.
Enxaguar com água limpa e, por no mínimo 3 vezes, todo o pulverizador, mangueiras, barra, filtros e bicos.
Limpar também tudo o que estiver associado ao equipamento de aplicação, inclusive o material utilizado no enchimento do tanque. Adote todas as medidas de segurança necessárias durante a limpeza. Não limpe o equipamento próximo às nascentes, fontes de água ou plantas úteis.
Descarte os resíduos de limpeza, de acordo com a legislação local.
As plantas infestantes mencionadas demonstram maior sensibilidade ao produto no estádio inicial de desenvolvimento estando com 2 a 4 folhas.
O efeito do produto sobre as plantas infestantes se manifesta de 3 a 5 dias após a aplicação, com o branqueamento do meristema apical e folhas mais jovens, que se tornam, posteriormente, necróticas.
O produto, na quantidade pré-determinada, poderá ser despejado diretamente no tanque do pulverizador, com pelo menos 1/4 de volume cheio e o sistema de agitação ligado. Em seguida, completar o tanque.
Culturas | Dias |
Cana-de-açúcar | 30 |
Milho | 60 |
Milho Geneticamente Modificado | 60 |
Não entre na área em que o produto foi aplicado antes da secagem completa da calda (no mínimo 24 horas após a aplicação). Caso necessite entrar antes desse período, utilize os equipamentos de proteção individual (EPIs) recomendados para o uso durante a aplicação.