VOLPE é um herbicida seletivo de plantas infestantes em pós-emergência e pré-emergência na cultura da cana-de-açúcar. É prontamente absorvido pelas raízes e através das folhas das plantas infestantes, com ação de contato e residual. O grau de controle e a duração do efeito variam de acordo com a dose aplicada, chuvas, temperatura, textura do solo e sistema de cultivo (cana-planta e cana-soca). VOLPE é apresentado na forma de granulado dispersível em água e deve ser utilizado conforme a recomendação abaixo.
Cultura | Planta infestantes Nome comum/científico | Dose | Época, número e intervalo de aplicação |
Cana-de- açúcar (cana soca e cana planta) | Capim-marmelada (Brachiaria plantaginea) | Solo arenoso (Teor matéria orgânica: > 1,3 a < 3,0%) 1,8 a 2,0 Kg/ha Solo Areno- argiloso (Teor matéria orgânica: > 1,3 a < 3,0%) 2,0 a 2,5 Kg/ha Solo Argiloso (Teor matéria orgânica: > 1,3 a < 3,0%) 2,5 a 3,0 Kg/ha | Realizar no máximo 1 (uma) aplicação por ciclo/safra da cultura. Aplicar VOLPE em pré-emergência das plantas infestantes em cana planta e cana soca em solos de textura areno-argiloso e argiloso e, com teores de matéria orgânica entre 1,3% e no máximo 3,0%. Em solos arenosos aplicar somente em cana soca. Não é recomendável o uso do VOLPE em pré- emergência em cana planta em solos arenosos, devido a possibilidade da ocorrência de chuvas com alta intensidade, o que poderá promover acúmulo nos sulcos e provocar fitotoxicidade à cana-de- açúcar, acima de índices aceitáveis. O herbicida VOLPE possui efeito residual prolongado, o que vai depender do tipo, textura e teor de matéria orgânica do solo, quantidade de chuvas durante o ano e o potencial do banco de sementes. A dose de 3,0 kg/ha é recomendada para solos argilosos e com maior pressão de plantas infestantes. Para o bom funcionamento do VOLPE, o solo deve estar úmido e bem preparado, evitando o excesso de torrões após o enterrio dos toletes de cana-de açúcar por ocasião do plantio. No momento da aplicação o solo deve estar úmido suficiente para levar o herbicida até a profundidade onde se encontram as sementes das espécies infestantes viáveis à germinação. |
Capim-colchão (Digitaria horizontalis) | |||
Capim-pé-de- galinha (Eleusine indica) | |||
Capim-brachiaria (Brachiaria decumbens) | |||
Capim-carrapicho (Cenchrus echinatus) | |||
Capim-colonião (Panicum maximum) | |||
Picão-preto (Bidens pilosa) | |||
Picão-branco (Galinsoga parviflora) | |||
Falsa-serralha (Emilia sonchifolia) | |||
Caruru-roxo (Amaranthus hybridus) | |||
Guanxuma (Sida rhombifolia) | |||
Rubim (Leonorus sibiricus) | |||
Beldroega (Portulaca oleracea) | |||
Carrapicho-de- carneiro (Acanthospermum hispidum) | |||
Trapoeraba (Commelina benghalensis) | |||
Corda-de-viola (Ipomoea grandifolia) | |||
Corda-de-viola (Ipomoea nil) | |||
Corda-de-viola (Ipomoea purpura) | |||
Apaga-fogo (Alternanthera tenella) | |||
Mentrasto (Ageratum conyzoides) |
Cultura | Planta infestantes Nome comum/científico | Dose (Kg/ha) | Época, número e intervalo de aplicação |
Cana-de- açúcar (cana soca e cana planta) | Capim-marmelada (Brachiaria plantaginea) | 2,5 | Realizar no máximo 1 (uma) aplicação por ciclo/safra da cultura Aplicar VOLPE em pós emergência da cana-de- açúcar e com as plantas infestantes com até 3 folhas. Capim-marmelada (Brachiaria plantaginea): o estádio deve ser até 2 perfilhos. Não aplicar o herbicida com as plantas estressadas por estiagens prolongadas e temperaturas elevadas, acima de 30° C. Em pós-emergência da cultura e das plantas infestantes, a dose de 2,5 Kg/ha é indicada para os solos arenosos, areno-argilosos e argilosos, tanto para cana planta como para cana soca. |
Capim-colchão (Digitaria horizontalis) | |||
Capim-pé-de- galinha (Eleusine indica) | |||
Capim-brachiaria (Brachiaria decumbens) | |||
Capim-carrapicho (Cenchrus echinatus) | |||
Capim-colonião (Panicum maximum) | |||
Picão-preto (Bidens pilosa) | Realizar no máximo 1 (uma) aplicação por ciclo/safra da cultura Aplicar VOLPE em pós emergência da cana-de- açúcar e com as plantas infestantes com até 6 folhas. Não aplicar o herbicida com as plantas estressadas por estiagens prolongadas e temperaturas elevadas, acima de 30°C. Em pós-emergência da cultura e das plantas infestantes, a dose de 2,5 Kg/ha é indicada para os solos arenosos, areno-argilosos e argilosos, tanto para cana planta como para cana soca. | ||
Picão-branco (Galinsoga parviflora) | |||
Falsa-serralha (Emilia sonchifolia) | |||
Caruru-roxo (Amaranthus hybridus) | |||
Guanxuma (Sida rhombifolia) | |||
Rubim (Leonorus sibiricus) | |||
Beldroega (Portulaca oleracea) | |||
Carrapicho-de- carneiro (Acanthospermum hispidum) | |||
Trapoeraba (Commelina benghalensis) | |||
Corda-de-viola (Ipomoea grandifolia) | |||
Corda-de-viola (Ipomoea nil) | |||
Corda-de-viola (Ipomoea purpura) | |||
Apaga-fogo (Alternanthera tenella) | |||
Mentrasto |
(Ageratum conyzoides) |
Cultura | Praga | Nome Cientifico | Modo de Aplicação |
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Cana-de-açúcar | Acanthospermum hispidum | carrapicho-de-carneiro (1), chifre-de-veado, espinho-de-carneiro (1) | Ver detalhes |
A aplicação do herbicida VOLPE poderá ser efetuada através de pulverização terrestre, através de pulverizadores costais manuais, tratorizados de barra, autopropelidos ou por via aérea conforme as recomendações.
O volume de calda deve ser adequado ao tipo do equipamento aplicador e poderá ser alterado considerando as especificações técnicas do mesmo. Os menores volumes de calda são aplicados no início do desenvolvimento da cultura e/ou das plantas infestantes e os maiores quando há o pleno desenvolvimento vegetativo.
Utilize sempre tecnologias de aplicação que ofereçam boa cobertura das plantas.
Consulte sempre o Engenheiro Agrônomo responsável e siga as boas práticas para aplicação e as recomendações do fabricante do equipamento.
Preparo da Calda:
Ao preparar a calda, utilize os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) indicados para esse fim no item “Dados Relativos à Proteção à Saúde Humana”. Antes de preparar a calda, verifique se o equipamento de aplicação está limpo, bem conservado, regulado e em condições adequadas para realizar a pulverização sem causar riscos à cultura, ao aplicador e ao meio ambiente. Para melhor preparação da calda, deve-se abastecer o pulverizador com água limpa em até ¾ de sua capacidade. Ligar o agitador e adicionar o produto de acordo com a dose recomendada para a cultura. Manter o agitador ligado, completar o volume de água do pulverizador e aplicar imediatamente na cultura.
Cuidados durante a aplicação:
Independe do tipo de equipamento utilizado na pulverização, o sistema de agitação da calda deverá ser mantido em funcionamento durante toda a aplicação. Fechar a saída da calda do pulverizador durante as paradas e manobras do equipamento aplicador, de forma a evitar a sobreposição da aplicação.
Gerenciamento de deriva:
Não permita que o produto atinja culturas vizinhas, áreas habitadas, leitos de rios e outras fontes de água, criações e áreas de preservação ambiental. O potencial de deriva é determinado pela interação de muitos fatores relativos ao equipamento de pulverização e ao clima (velocidade do vento, umidade e temperatura). Independente do equipamento utilizado, o tamanho das gotas é um dos fatores mais importantes para evitar a deriva, assim, aplicar com o maior tamanho de gota possível, sem prejudicar a cobertura e eficiência. O aplicador deve considerar todos estes fatores quando da decisão de aplicar.
EVITAR A DERIVA DURANTE A APLICAÇÃO É RESPONSABILIDADE DO APLICADOR
Inversão térmica:
O potencial de deriva é alto durante uma inversão térmica. Inversões térmicas diminuem o movimento vertical do ar, formando uma nuvem de pequenas gotas suspensas que permanece perto do solo e com movimento lateral. Inversões térmicas são caracterizadas pela elevação da temperatura com relação à altitude e são comuns em noites com poucas nuvens e pouco ou nenhum vento. Elas começam a ser formadas ao pôr do sol e frequentemente continuam até a manhã seguinte. Sua presença pode ser indicada pela neblina no nível do solo. No entanto, se não houver neblina as inversões térmicas podem ser identificadas pelo movimento da fumaça
originária de uma fonte no solo. A formação de uma nuvem de fumaça em camadas e com movimento lateral indica a presença de uma inversão térmica; enquanto, se a fumaça for rapidamente dispersada e com movimento ascendente, há indicação de um bom movimento vertical do ar
APLICAÇÃO TERRESTRE
Classe de gotas: a escolha da classe de gotas depende do tipo de cultura, alvo e tipo de equipamento utilizado na aplicação. Independente do equipamento utilizado, o tamanho das gotas é um dos fatores mais importantes para evitar a deriva e, portanto, aplique com o maior tamanho de gota possível, sem prejudicar a cobertura e eficiência do produto. Verifique as orientações quanto ao Gerenciamento de Deriva e consulte sempre um Engenheiro Agrônomo e as orientações do equipamento de aplicação.
Ponta de pulverização: a seleção da ponta de pulverização (ou outro tipo de elemento gerador de gotas) deverá ser realizada conforme a classe de gota recomendada, assim como os parâmetros operacionais (velocidade,largura da faixa e outros). Use a ponta apropriada para o tipo de aplicação desejada e, principalmente, que proporcione baixo risco de deriva. Ajuste da barra: ajuste a barra de forma a obter uma distribuição uniforme do produto, de acordo com o desempenho dos elementos geradores de gotas. Todas as pontas da barra deverão ser mantidas à mesma altura em relação ao topo das plantas ou do alvo de deposição. Regule a altura da barra para a menor possível a fim de obter uma cobertura uniforme e reduzir a exposição das gotas à evaporação e ao vento.
Faixa de deposição: utilize distância entre pontas na barra de aplicação de forma a permitir maior uniformidade de distribuição de gotas, sem áreas com falhas ou sobreposição.
Faixa de segurança: durante a aplicação, resguarde uma faixa de segurança adequada e segura para as culturas sensíveis. Consulte o Engenheiro Agrônomo responsável pela aplicação.
Pressão: Selecionar a pressão de trabalho do equipamento em função do volume de calda e da classe de gotas
Condições Climáticas: Deve-se observar as condições climáticas ideais para aplicação, tais como indicado abaixo.
Os valores apresentados devem ser sempre as médias durante os tiros de aplicação, e não valores instantâneos:
. Temperatura ambiente abaixo de 30°C.
. Umidade relativa do ar acima de 50%.
. Velocidade média do vento entre 3 e 10km/hora.
. As aplicações pela manhã (até as 10:00 horas) e à tarde (após as 15:00/16:00 horas) são as mais recomendadas.
Para outros parâmetros referentes à tecnologia de aplicação, seguir as recomendações técnicas indicadas pela pesquisa e/ou assistência técnica da região, sempre sob orientação do Engenheiro Agrônomo.
As recomendações para aplicação poderão ser alteradas à critério do Engenheiro Agrônomo responsável,respeitando sempre a legislação vigente na região da aplicação e a especificação do equipamento e tecnologia de aplicação empregada.
Realize a aplicação aérea com técnicas de redução de deriva (TRD) e utilização do conceito de boas práticas agrícolas, evitando sempre excessos de pressão e altura na aplicação. Siga as disposições constantes na legislação municipal, estadual e federal concernentes às atividades aero agrícolas e sempre consulte o Engenheiro Agrônomo responsável.
Utilizar somente aeronaves devidamente regulamentada para tal finalidade e providas de barras apropriadas. Regular o equipamento visando assegurar distribuição uniforme da calda, boa cobertura do alvo desejado. Evitar a falha ou sobreposições entre as faixas de aplicação
Ponta de pulverização: a seleção da ponta de pulverização (ou outro tipo de elemento gerador de gotas) deverá ser realizada conforme a classe de gota recomendada, assim como os parâmetros operacionais (velocidade, largura da faixa e outros). Use a ponta apropriada para o tipo de aplicação desejada e, principalmente, que proporcione baixo risco de deriva. Ajuste de barra: ajuste a barra de forma a obter distribuição uniforme do produto, de acordo com o desempenho dos elementos geradores de gotas
Altura de vôo: de 3 a 4 metros em relação do topo das plantas ou do alvo de deposição, garantindo sempre a devida segurança ao voo e a eficiência da aplicação.
faixa de deposição: A faixa de deposição efetiva é uma característica específica para cada tipo ou modelo do avião e representa um fator de grande influência nos resultados da aplicação. Observe uma largura das faixas de deposição efetiva de acordo com a aeronave, de modo a proporcionar uma boa cobertura.
Faixa de segurança: durante a aplicação, resguarde uma faixa de segurança adequada e segura para as culturas sensíveis. Consulte o Engenheiro Agrônomo responsável pela aplicação
Classe de gotas: a escolha da classe de gotas depende do tipo de cultura, alvo e tipo de equipamento utilizado na aplicação. Independente do equipamento utilizado, o tamanho das gotas é um dos fatores mais importantes para evitar a deriva e, portanto, aplique com o maior tamanho de gota possível, sem prejudicar a cobertura e eficiência do produto. Verifique as orientações quanto ao Gerenciamento de Deriva e consulte sempre um Engenheiro Agrônomo e as orientações do equipamento de aplicação.
Volume de calda: 30 a 50L/ha ou conforme recomendação do tipo de aeronave utilizada.
Obs.: a aplicação aérea somente deve ser feita em pré-emergência da cultura.
As recomendações para aplicação poderão ser alteradas à critério do Engenheiro Agrônomo responsável, respeitando sempre a legislação vigente na região da aplicação e a especificação do equipamento e tecnologia
de aplicação
CONDIÇÕES CLIMÁTICAS
Devem-se observar as condições climáticas ideais para a aplicação do produto, tais como indicado abaixo. Os valores apresentados devem ser sempre as médias durante os tiros de aplicação, e não valores instantâneos:
Temperatura ambiente abaixo de 30ºC;
Umidade relativa do ar acima de 50%;
Velocidade do vento entre 3 e 10 km/h.Para aplicação aérea, considerar as médias durante os tiros de aplicação, e não valores instantâneos.
As aplicações pela manhã (até as 10:00 horas) e à tarde (após as 15:00/16:00 horas) são as mais recomendadas.
Para outros parâmetros referentes à tecnologia de aplicação, seguir as recomendações técnicas indicadas pela pesquisa e/ou assistência técnica da região, sempre sob orientação de um Engenheiro Agronômo.
As recomendações para aplicação poderão ser alteradas à critério do Engenheiro Agrônomo responsável, respeitando sempre a legislação vigente na região da aplicação e a especificação do equipamento e tecnologia de aplicação empregada.
LAVAGEM DO EQUIPAMENTO DE APLICAÇÃO:
Imediatamente após a aplicação do produto, proceda a limpeza de todo equipamento utilizado. Adote todas as medidas de segurança necessárias durante a limpeza e utilize os equipamentos de proteção individual recomendados para este fim no item “Dados Relativos à Proteção da Saúde Humana”.
Não limpe equipamentos próximo à nascente, fontes de água ou plantas úteis. Descarte os resíduos da limpeza de acordo com a legislação Municipal, Estadual e Federal vigente na região da aplicação.
Cultura | Intervalo de segurança (dias) |
Cana-de-açúcar | 150 |
INTERVALO DE REENTRADA DE PESSOAS NAS CULTURAS E ÁREAS TRATADAS:
Mantenha afastados das áreas de aplicação, crianças, animais domésticos e pessoas desprotegidas até que a calda de pulverização se apresente totalmente seca (no mínimo 24 horas após a aplicação). Caso necessite entrar antes deste período, utilize os equipamentos de proteção individual (EPIs) recomendados para o uso durante a aplicação.