MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA – MAPA
SHIFT é um herbicida seletivo, indicado para o controle das plantas infestantes de folhas largas, em pré-emergência para a cultura do algodão (Gossypium hirsutum), e pós-emergência para as culturas de feijão (Phaseolus vulgaris) e soja (Glycine max).
Para um bom controle das plantas infestantes, deve-se observar a espécie e o estádio de
crescimento, conforme o quadro a seguir:
Culturas | Alvos Nome comum / (Nome Científico) | Estágio de Crescimen to | Dose * (L p.c/ha) | Número máximo de aplicação | Volume de calda | Época e intervalo de aplicação |
Algodão | Caruru (Amaranthus deflexus) | Aplicação em pré- emergência | 1,5 L/ha | 1 (pré- emergência) | 200 – 300 L/ha (aplicação terrestre) 30 – 40 L/ha (aplicação aérea) | Para a cultura do algodão é recomendado uma única aplicação em pré-emergência da cultura e das plantas daninhas Para a cultura do algodão, com aplicações em pré- emergência, não é necessário adição de espalhante adesivo |
Joá-de-capote (Physalis angulata) | ||||||
Feijão Soja | Carrapicho-rasteiro (Acanthospermum australe) | de 2 a 4 folhas (5 cm) | 1,0 L/ha + 0,2% v/v de espalhante | 1 (pós- emergência) | 200 – 300 L/ha (aplicação terrestre) | Aplicação em Pós- Emergência: Para a cultura da soja e do feijão deverá ser |
Amendoim-bravo (Euphorbia heterophylla) | adesivo não iônico/aniôni co | 30 – 40 L/ha (aplicação aérea) | feita uma única aplicação, o que geralmente ocorre entre 20 a 30 dias após a emergência da cultura. | |||
Corda-de-viola (Ipomoea aristolochiaefolia Ipomoea purpúrea) | ||||||
Poaia branca (Richardia brasiliensis) | ||||||
Trapoeraba (Commelina benghalensis) | ||||||
Carrapicho-de- carneiro (Acanthospermum hispidum) | de 4 folhas (5 cm) a 6 folhas (8 cm) | 0,9 - 1,0 L/ha + 0,2% v/v de espalhante adesivo não iônico/aniôni co | ||||
Erva-quente / Poaia-do-campo (Spermacoce alata) | ||||||
Serralha (Emilia sonchifolia) | ||||||
Joá-de-capote (Nicandra physaloides) | ||||||
Joá / Maria-preta (Solanum americanum) | ||||||
Caruru (Amaranthus deflexus) (Amaranthus viridis) (Amaranthus hybridus) | ||||||
Picão-preto (Bidens pilosa) | ||||||
Picão- branco/Fazendeiro (Galinsoga parviflora) |
Beldroega (Portulaca oleracea) | ||||||
Nabo (Raphanus raphanistrum) | ||||||
Mentrasto (Ageratum conyzoides) | ||||||
Mentruz (Lepidium virginicum) | 2 a 6 folhas | 1,0 L/ha + 0,2% v/v de espalhante adesivo não iônico/aniôni co | ||||
Falso mentruz (Coronopus didymus) | 4 a 10 folhas |
Cultura | Praga | Nome Cientifico | Modo de Aplicação |
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Algodão | Physalis angulata | balão-rajado, balãozinho (3), joá-de-capote (3) | Ver detalhes |
Feijão | Ipomoea aristolochiaefolia | campainha (1), corda-de-viola (1), corriola (1) | Ver detalhes |
Soja | Spermacoce alata | erva-de-lagarto (1), erva-quente (1), perpetua-do-mato (1) | Ver detalhes |
Pulverização Via Terrestre:
Aplicar com pulverizador tratorizado de barra ou costal manual, utilizando bicos de jato leque que
produzam gotas de diâmetro adequado. O volume de calda recomendado é de 200 a 300 L/há. É importante que se consiga uma cobertura uniforme das plantas infestantes e do solo (pré- emergência). O sistema de agitação do produto no interior do tanque deve ser mantido em funcionamento durante toda a aplicação. Não sobrepor as faixas de aplicação.
Pulverização Via Aérea:
Utilizar de 30 a 40 litros de calda por hectare. A aplicação poderá ser com avião acoplado de barra aplicadora ou atomizador rotativo Micronair. A altura de vôo, largura de faixa de depoisição efetiva e volume de calda deve ser de acordo com o equipamento utilizado. Não sobrepor as faixas de aplicação.
Realizar a aplicação aérea com técnicas de redução de deriva (TRD) e utilização de boas práticas
agrícolas, evitando sempre excessos de pressão e na altura na aplicação.
Cabe ao aplicador suspender a aplicação sempre que forem observadas condições meteorológicas desfavoráveis (exemplos: horários sem vento ou com ventos muito fortes, vento soprando na direção de possíveis alvos sensíveis à deriva, temperaturas muito altas e umidade relativa do ar muito baixa).
Utilizar somente empresas e pilotos de aplicação aérea que sigam estritamente às normas e regulamentos da aviação agrícola, devidamente registrados junto ao MAPA, e que empreguem os conceitos das boas práticas na aplicação aérea dos produtos fitossanitários. Recomendamos a utilização de empresas certificadas para aplicação aérea.
RECOMENDAÇÕES GERAIS: as gotas devem ter um diâmetro de 250 a 300 µm (Exemplo: G - Grossa e MG - Muito Grossa), com 30 a 40 gotas/cm2. Evitar ao máximo a adoção de técnicas que demandem as gotas mais finas.
O diâmetro de gotas deve ser ajustado para cada volume de aplicação para adequar a densidade. Observações locais devem ser feitas, visando reduzir, ao mínimo, as perdas por deriva e evaporação.
maior uniformidade de distribuição de gotas, sem áreas com falhas ou sobreposição.
Os parâmetros de aplicação através de equipamento tratorizado, como ângulo de barra, tipo e número de pontas, pressão as recomendações do modelo do pulverizador definido pelo fabricante do equipamento, largura da faixa de aplicação, velocidade de aplicação, entre outros, deverão seguir e as recomendações do Engenheiro Agrônomo, seguindo as boas práticas agrícolas.
Somente aplique o produto com equipamentos tecnicamente adequados ao relevo do local, corretamente regulados e calibrados, conforme a recomendação do fabricante do equipamento e do responsável técnico.
Para a cultura do algodão, com aplicações em pré-emergência, não é necessário adição de espalhante adesivo.
Independente do tipo de equipamento utilizado na pulverização, o sistema de agitação da calda deverá ser mantido durante toda a aplicação. Fechar a saída da calda da barra do pulverizador durante as paradas e manobras do equipamento aplicador para evitar a sobreposição durante a aplicação.
Inversões térmicas diminuem o movimento vertical do ar, formando uma nuvem de pequenas gotas suspensas que permanecem perto do solo e com movimento lateral. Assim, o potencial de deriva aumenta significativamente durante uma inversão térmica, podendo a aplicação o atingir culturas vizinhas, áreas habitadas, leitos de rios e outras fontes de água, criações de animais e áreas de preservação ambiental. O potencial de deriva é alto durante uma inversão térmica
Aplicar sempre em condições ambientais favoráveis. Altas temperaturas e baixa umidade relativa do ar diminuem a eficácia do produto, aumentam o risco de evaporação da calda aplicada e o potencial de deriva. Observar as condições climáticas ideais para aplicação, tais como:
Temperatura ambiente: evitar altas temperatura. Não aplicar em temperaturas muito baixas ou com previsão de geadas.
Umidade relativa do ar: evitar aplicar em condições de baixa umidade relativa do ar (menores que
60%).
Velocidade do vento: recomenda-se aplicar com velocidade média de ventos em torno de 3 km/hora, considerando sempre a regulagem do sistema de aplicação. Não aplicar em condições de ausência ou rajadas de vento. Situações sem vento podem indicar a ocorrência de fenômenos atmosféricos que causam deriva, como as inversões térmicas (manhãs frias) e correntes convectivas (tardes quentes), assim como rajadas de vento podem ocasionar maior risco de deriva.
As aplicações deverão ser realizadas respeitando-se os parâmetros de temperatura, vento e umidade do ar.
Cabe ao aplicador suspender a aplicação sempre que forem observadas condições meteorológicas desfavoráveis (exemplos: horários sem vento ou com ventos muito fortes, vento soprando na direção de possíveis alvos sensíveis à deriva, temperaturas muito altas e umidade relativa do ar muito baixa).
EVITAR A DERIVA DURANTE A APLICAÇÃO É RESPONSABILIDADE DO APLICADOR.
Não permita que a deriva proveniente da aplicação atinja culturas vizinhas, áreas habitadas, leitos de rios e outras fontes de água, criações e áreas de preservação do ambiental. O potencial de deriva é determinado pela interação de muitos fatores relativos ao equipamento de pulverização e ao clima (velocidade e direção do vento, umidade e temperatura do ar). O responsável pela aplicação deve considerar todos estes fatores quando da decisão de aplicar o produto.
Independente do equipamento utilizado, o tamanho das gotas é um dos fatores mais importantes na composição do risco de deriva, assim, aplicar com o maior tamanho de gota possível, sem prejudicar a cobertura e eficiência. O aplicador deve considerar todos estes fatores quando da decisão de aplicar.
Consulte sempre um profissional habilitado para auxiliar na definição da tecnologia de aplicação mais eficiente e segura de maneira a evitar o risco de deriva.
Cultura | Intervalo de segurança (dias) |
Algodão | (1) |
Feijão | 60 |
Soja | 60 |
Intervalo de segurança não estabelecido devido à modalidade de emprego, aplicação em pré- emergência da cultura.
Não entre na área em que o produto foi aplicado antes da secagem completa da calda (no mínimo 24 horas após a aplicação). Caso necessite de entrar antes desse período, utilize os equipamentos de proteção individual (EPIs) recomendados para o uso durante a aplicação.